Independência ou Morte

*Texto do blog Jfcm Comunicação

Com a internet, os indivíduos comuns se apropriam de aparatos tecnológicos e fazem desse suporte seu alto-falante, tornando-se agentes transformadores capazes de interferir no modo de ser, agir e pensar de todos os indivíduos participantes do processo comunicacional.

No último domingo, dia 24 de janeiro, o blog Jfcm Comunicações esteve presente no Estádio Raimundo Sampaio, conhecido popularmente como Independência, para acompanhar a finalíssima da 55°Copa Itatiaia 2015/2016 de futebol amador. O Campolina, de Esmeraldas, venceu a equipe do ICA, do bairro Borges/BH, por 2 a 1, em um jogo bastante movimentado e que atraiu mais de 16 mil pessoas naquela tarde chuvosa de domingo.

“ …são pessoas que interagem suas experiências e emoções, das quais são apreendidas e compartilhadas, produzindo um senso de coletividade e pertencimento, não só em suas “quebradas”, mas em qualquer lugar onde a “pelota” maltratada pela terra quica e fazer bater o coração dos adeptos do esporte”

Na cobertura do jogo, Além da Rádio de Emanuel Carneiro, promotora do torneio e uma das maiores empresas de comunicação do Brasil, estavam presentes o Site FutebolBH, a Rádio Imperatriz96FM, de Ribeirão das Neves, Rádio Regional FM, de Brumadinho, o blog, o fotógrafo Fabiano Mendonça e outros tantos anônimos que utilizam o ambiente virtual como mídia alternativa e que buscam apresentar uma narrativa própria dos fatos.

Equipe do Várzea BH, WebRádio Imperatriz, Site FBB (Mário Lopes “Baiano”, Fabiano Mendonça, Rubens Silves, amigo do Leo, Leo Oliveira, Fábio César, Dello Lima, Pedro Vasconcelos e Juan Quispe) na final do SFAC Divisão Especial Módulo 1 2017

Longe de termos a audiência das grandes empresas de massa, como a Rádio Itatiaia, todos nós estávamos ali, exercendo nosso direito à comunicação. Cada um com seu propósito, alicerçado por seu respectivo repertório, apresentamos outros enquadramentos da realidade, produzindo vários olhares acerca dos eventos que ali aconteciam. Se nos faltou técnica, pois grande parte daquelas pessoas que estavam no estádio não eram formados em comunicação social, sobrou intensidade e emoção. Mas, de uma coisa todos nós que estávamos naquele campo trabalhando de forma independente e muita das vezes sem nenhum caraminguá, todos nós sabíamos e sabemos da importância de produzir conteúdo sem as amarras mercadológicas das grandes empresas de mídia, que fazem do ato social um mero espetáculo.

Estávamos publicizando o futebol como uma prática social que promove sociabilidades e integração. Estas duas preposições da sociologia aparecem nas justificativas de projetos sociais, de toda ordem, produzidos pelas empresas privadas e órgãos governamentais. No entanto, nestes projetos, os sujeitos são dados, meros números frios, que são colocados naqueles textos chatos e enfadonhos, com letras miúdas, nas prestações de contas destes projetos.

Este futebol que apresentamos da “Grande Várzea”, que enverga mais não quebra (ainda), atravessa a vida das pessoas que dedicam seu tempo ao esporte, doando identidade para todos que vivem dele.

O exemplo maior foi o público de mais de 16 mil pessoas no estádio.

Nós sabemos que, onde uma bola rola nos campos de terra batida dos bairros periféricos da região metropolitana de Belo Horizonte, são pessoas que interagem suas experiências e emoções, das quais são apreendidas e compartilhadas, produzindo um senso de coletividade e pertencimento, não só em suas “quebradas”, mas em qualquer lugar onde a “pelota” maltratada pela terra quica e fazer bater o coração dos adeptos do esporte. É como o Leo do FutebolBH diz: No “futebol amador não existe derrota, pois todos somos vencedores” E viva a Mídia Independente!!!

Referências:

http://jfcmcomunicacao.blogspot.com.br/2016/01/independencia-ou-morte.html